
De pescoços e relógios
Aquelas horas que você não viu passar. Deixou, escapou. Deixou escapar.
Você não viu e sentiu que passou. Já foram tantos, que você não sabe ao certo qual momento assistiu ir dar uma volta e não voltar. Ficou só assistindo.
Você não diz: o dia que passou. E sim: o dia que perdeu.
Mas ninguém sabe, ainda não, como prevenir a “passassão” do tempo por nós.
Ai se as horas valiosas te passassem como as mãos com as unhas recém-crescidas que te passam pela nuca. Passariam bem.
Fêre Rocha

A persistência da memória – Salvador Dalí
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Muito bom. Altas reflexões por aqui.
Obrigada Lucas.
Difícil segurar esse moleque o “tempo”, que também sinto escorrer pelos meus dedos.O jeito é viver intensamente p não se arrepender depois.Quem sabe somos nos os exigentes?
É verdade Rose. Somos exigentes sim.
Mas acho que somos exigentes onde não deveríamos e relaxados onde precisaríamos prestar a atenção.
Beijo!